Brasil tem superávit comercial de US$ 6,281 bi em março
O Brasil registrou superávit comercial de US$ 6,281 bilhões em março, queda de 12% sobre igual período do ano passado sobretudo pelo aumento das importações no período, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira (2).
No mês, as importações subiram 16,9% sobre março do ano passado, pela média diária, a US$ 13,809 bilhões, em meio à retomada do crescimento econômico.
As exportações também avançaram, mas em menor ritmo. A alta foi de 9,6% sobre o mesmo mês do ano passado, a US$ 20,089 bilhões.
No primeiro trimestre de 2018, o saldo positivo das trocas comerciais soma US$ 13,952 bilhões, recuo de 3,1% sobre igual intervalo do ano passado.
Para 2018 todo, o ministério já havia previsto que a aceleração da atividade iria elevar as importações e reduzir o superávit da balança comercial brasileira ao patamar de US$ 50 bilhões, ante US$ 67 bilhões de 2017.
Mas a projeção pode cair se os Estados Unidos mantiverem as tarifas sobre a importação de aço brasileiro, afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Abrão Neto.
Neto disse ainda que é muito cedo para avaliar o impacto do aumento de tarifas pela China como reação à investida norte-americana. No entanto, pontuou que uma escalada das tensões comerciais pode ser “muito prejudicial” para a economia global.
A China elevou tarifas em até 25% sobre 128 produtos dos Estados Unidos, de carne suína congelada e vinho a certas frutas e nozes, ampliando a disputa entre as duas maiores economias do mundo em resposta à tarifas norte-americanas sobre as importações de aço e alumínio.
No fim de março, a Casa Branca anunciou que o Brasil terá isenção temporária das tarifas de 25% sobre aço e de 10% sobre alumínio enquanto negocia com o governo norte-americano exclusão definitiva das sobretaxas a produtos do país.
DESTAQUE
Em março, a compra de produtos importados foi forte especialmente na categoria de combustíveis e lubrificantes, com alta de 46,5% sobre igual mês do 2017. Também subiram as importações de bens de capital (+20,5%), bens de consumo (+16,4 %) e bens intermediários (+12,2%).
O desempenho das exportações também foi positivo em todas as categorias, puxado pelo avanço de 16,8% em semimanufaturados. Neste caso, o destaque ficou com a venda de celulose, com alta de 92,1% sobre março do ano passado, a US$ 765 milhões.
Já as exportações de básicos subiram 8,4%, ao passo que na categoria de manufaturados o crescimento foi de 8,3%.
Fonte: Folha de S. Paulo On-line
Imagem: Blog Centralizada