Estudo aponta os gargalos do transporte por caminhão em regiões metropolitanas

Publicado por Transbrasa
Categoria:

As sete maiores regiões metropolitanas do país têm oferecido restrições à movimentação de caminhões no de transporte de cargas, segundo levantamento divulgado ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Os problemas enfrentados pelas transportadoras de carga surgiram do processo de urbanização acelerada do Brasil nas últimas décadas, que “trouxe complexidade e desafios” para a logística de abastecimento dessas cidades.

O “Logística Urbana: Restrições aos Caminhões?” avaliou as condições de transporte de carga nas seguintes regiões metropolitanas: São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Recife e Manaus. Essas regiões metropolitanas respondem por 84% da população brasileira, onde circulam 96,7 milhões de veículos automotores.

As restrições ao trânsito de caminhões envolvem o rigor de regras municipais para circulação em centros urbanos, problemas de infraestrutura, sinalização e fiscalização. “Isso dificulta o planejamento do transporte de cargas, aumenta os custos operacionais e diminui a qualidade dos serviços de abastecimento das cidades”, relata o estudo.

Com o aumento dos custos operacionais, as transportadoras desse segmento chegaram a criar as taxas de dificuldade de entrega (TDE) e de restrição do trânsito (TRT) que variam de 15% a 20% sobre o valor do frete. Muitas cidades, em vez de aperfeiçoar o sistema de tráfego para receber os caminhões, proíbem a circulação ou estabelecem “janelas horárias” para movimentação dos veículos em zonas e vias específicas.

A CNT defende realização de “obras de manutenção e de expansão da infraestrutura urbana, especialmente em anéis rodoviários”. A entidade pede mais áreas de carga e descarga e mais segurança nos locais de parada e descanso.

Fonte: Valor Econômico

Imagem: Rádio Liberdade