Governo Federal intervém e decisão da interdição do Porto de Santos fica para sexta

Publicado por Transbrasa
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Após o sindicato dos estivadores e diversos integrantes da categoria terem expressado preocupação e considerarem a possibilidade de abandonar os postos no Porto de Santos perante os perigos da pandemia de coronavírus, o Ministério da Infraestrutura e pessoas responsáveis pelas operadoras do cais decidiram intervir e pedir que os trabalhadores sigam atuando no cais santista. Após esta quarta-feira (18) ter sido marcada por assembleias reunindo profissionais de todos os níveis da categoria, a ‘batida de martelo’ sobre eventual paralisação, ou não, dos trabalhos no Porto foi adiada para a próxima sexta-feira (20).

A primeira nota emitida pelo sindicato circulou entre os estivadores de Santos no começo da noite desta terça-feira (19). No informativo, os trabalhadores do Porto, através do Sindestiva, afirmaram estar preocupados não só com os seus trabalhadores e familiares, mas com toda a população da Baixada Santista devido à pandemia que foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na sequência, a nota recomendou a paralisação das atividades portuárias na cidade, a qual, segundo eles é uma porta com o mundo e o contato com as tripulações dos navios é inevitável.

Devido ao impacto da decisão, a categoria realizou uma reunião logo nas primeiras horas desta quarta-feira onde os profissionais à mesa discutiram a situação e as medidas necessárias para tentar evitar o aumento da pandemia, pelo Porto de Santos, ao mesmo tempo em que tentariam minimizar o impacto da eventual paralisação. Durante o encontro, os estivadores decidiram, inclusive, manter um grupo de pessoas trabalhando para seguir lidando com as cargas que seriam destinadas às unidades de saúde da Baixada Santista e outras cidades próximas da Região.

A situação mudou durante o dia após o Ministério da Infraesturura e integrantes das operadoras do Porto de Santos terem entrado em contato com o sindicato e os estivadores pedindo para que os trabalhos não fossem paralisados. Em contrapartida, as autoridades prometeram realizar mais adequações ao cais santista com a promessa de tentar minimizar os riscos de uma eventual proliferação do vírus entre os trabalhadores no Porto durante suas atividades de movimentação de cargas.

Dentre algumas das promessas feitas pelo Governo Federal estão a melhora nas condições de trabalho, distribuição de álcool gel e disponibilização de máscaras para os profissionais que realizam contato direto com materiais e outras pessoas.

Mesmo após ter recebido uma ligação de Tarcísio Gomes de Freitas, atual Ministro da Infraestrutura, o Presidente do Sindestiva preferiu não bater o martelo quanto à decisão final de enviar, ou não, os trabalhadores para suas casas por tempo indeterminado. Mesmo assim, foram anunciadas a continuidade da escalação presencial no Posto de Escalação (P3), o cancelamento temporário do sistema biométrico, álcool em gel em todos os gates e a garantia que todos os métodos de prevenção serão tomados. No final da reunião foi decidido que os trabalhadores vão aguardar 48 horas para que o SOPESP em reunião já agendada para a próxima sexta-feira 20/03 se pronuncie sobre todas as demandas discutidas.

Fonte e Imagem: Diário do Litoral