Porto de Santos intensifica medidas sanitárias para evitar a entrada de casos de coronavírus

Publicado por Transbrasa
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Gerência Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados determinaram a adoção de medidas sanitárias preventivas para evitar que casos de coronavírus entrem pelo Porto de Santos, no litoral de São Paulo, considerada uma das principais portas de entrada do Brasil.

O presidente do Sindicato das Agências Maritimas (Sindamar), José Roque, preocupado com a possibilidade da doença chegar por meio de algum navio ao cais santista, entrou em contato com a Anvisa na última quarta-feira (22) solicitando orientações.

A Anvisa informou ao Sindicato que a Organização Mundial de Saúde (OMS) que não recomenda medidas restritivas a viagens e ao comércio. Porém salientou que é de fundamental importância a comunicação rápida, imediata, de qualquer informação de tripulante/passageiro, procedente da cidade chinesa de Wuhan, que apresente febre e demais sintomas da doença, para adoção de todas as medidas sanitárias cabíveis.

A Anvisa disse que vem monitorando a situação em conjunto com o Ministério da Saúde a partir da avaliação de risco com as informações disponíveis até o momento.

Segundo a Anvisa, a Gerência Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados determinou a adoção de medidas como intensificar a vigilância de casos suspeitos do novo coronavírus nos portos e aeroportos, para notificação imediata aos órgãos de vigilância epidemiológica; intensificar os procedimentos de limpeza e desinfecção nos terminais e meios de transporte reforçando a utilização de EPI conforme estabelecido pela Anvisa e atentar para as recomendações quanto aos cuidados básicos como lavagem regular das mãos, cobertura da boca e nariz ao tossir e espirrar para tripulantes e trabalhadores portuários.

A Anvisa também solicitou especial atenção, no caso de embarcações, ao preenchimento completo e correto da Declaração Marítima de Saúde (DMS).

“Todo o navio que entra em qualquer porto no Brasil tem que entregar uma Declaração Marítima de Saúde. Ela tem que constar se existe alguma enfermidade a bordo ou não. Existindo enfermidade a bordo, a Anvisa nem libera a livre prática que é a autorização para o navio atracar”, explica Roque.

Segundo ele, esse documento é de responsabilidade do comandante do navio, que tem que atestar as condições a bordo. Se por acaso for constado que alguém está com enfermidade e ele declarou o contrário, ele deve responder por isso.

“É preciso que os navios declarem fielmente as condições sanitárias a bordo na Declaração Marítima de Saúde. Toda a precaução deve ser mantida. Nós já comunicamos a autoridade portuária (Codesp) e qualquer problema que ocorra a Anvisa é a primeira a ser comunicada”, disse.

Ainda de acordo com Roque, no momento, não existe nenhum risco no Porto de Santos. O Sindamar divulgou a informação a todos os associados e solicitou que todos cumprissem rigorosamente as medidas.

“Várias precauções estão sendo adotadas. Nós já recebemos todas as precauções e orientações do próprio posto (da Anvisa) em Santos e em Brasília e, divulgamos aos associados para que eles instruem os comandantes e não tenha nenhum problema a bordo”, disse.

Alarme falso

No último domingo (26), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) descartou qualquer possibilidade de contaminação por coronavírus em um navio atracado no Porto de Santos.

A suspeita foi levantada por estivadores, que disseram ter visto que a tripulação não estava saudável. A embarcação, de bandeira liberiana, também passou pela África do Sul e aguardava embarque de soja a granel. O órgão informou que não há tripulantes doentes.

Fonte: G1 Santos