Retomada global ajudará exportação

Publicado por Transbrasa
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O quadro de expansão global desenhado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) favorecerá as exportações do Brasil, que têm se mostrado uma das alavancas da recuperação da economia em curso, mas ainda incipiente.

A avaliação foi feita pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) e divulgada ontem. Segundo o relatório, o FMI prevê um crescimento de 3,6% da economia mundial em 2017 frente ao percentual de 3,2% em 2016. Se concretizado, este será o melhor desempenho desde 2012 (+3,5%) e, diz o FMI, a trajetória ascendente deve persistir em 2018, quando o crescimento previsto é de 3,7% (o mais elevado desde 2011).

A título de comparação, no relatório do Banco Mundial, Perspectivas para a economia global (Global Economic Prospects), divulgado em junho, a projeção era de um crescimento mundial de 2,7%, ou seja, uma desaceleração de 0,5 p.p. frente ao ano anterior.

No caso das economias emergentes e em desenvolvimento, o FMI também revisou para cima sua projeção para 2017, mas na passagem de abril para julho, de 4,5% para 4,6%, percentual que foi mantido no cenário de outubro. Para 2018, em contrapartida, a projeção aumentou 0,1 p.p, para 4,9% nesta última atualização do cenário.

Interessante notar que enquanto a saída da grande recessão, denominada de “recuperação em velocidade dupla” (double-speed recovery), foi liderada pelas economias emergentes e em desenvolvimento, a retomada em curso está sendo puxada pelas suas congêneres avançadas (+0,5 p.p em 2017 frente a 2016 contra +0,3 p.p. no outro grupo). Em 2018, contudo, as emergentes e em desenvolvimento assumem a liderança nesse quesito.

Para a América Latina e Caribe, por sua vez, após a recessão no biênio 2015-2016, espera-se um crescimento de 1,2% em 2017 e de 1,9% em 2018, favorecido pela recuperação dos preços das commodities.

No âmbito dos países avançados, os destaques são a aceleração do crescimento entre 2016 e 2017 nos Estados Unidos (de 1,5% para 2,2%), no Japão (de 1% para 1,5%) e na área do euro (de 1,8% para 2,1%). Neste último caso, o desempenho será superado somente pelos Estados Unidos, ao contrário do padrão dos anos anteriores, quando o Reino Unido ou o Japão se alternaram na segunda posição.

As regiões geográficas líderes em termos de expansão econômica continuarão sendo Ásia e Europa, com percentuais de, respectivamente, 6,5% e 4,5% em 2017.

Fonte: DCI

Imagem: Traderisk